Por Elson Rodrigues
Provavelmente, você já entendeu que Deus odeia o pecado. Se você é membro de uma igreja evangélica, certamente você já sabe que Jesus Cristo morreu na cruz para remissão dos pecados daqueles que crêem em seu nome. Mas você já parou seriamente para pensar o quanto é grave o pecado? Você já refletiu de forma séria e responsável sobre isso? O propósito deste artigo é nos levar à reflexão séria e responsável acerca da gravidade do pecado, porque o processo de santificação no crente somente tem impulso verdadeiramente vigoroso quando entendemos de forma mais profunda a gravidade do pecado.
Provavelmente, você já entendeu que Deus odeia o pecado. Se você é membro de uma igreja evangélica, certamente você já sabe que Jesus Cristo morreu na cruz para remissão dos pecados daqueles que crêem em seu nome. Mas você já parou seriamente para pensar o quanto é grave o pecado? Você já refletiu de forma séria e responsável sobre isso? O propósito deste artigo é nos levar à reflexão séria e responsável acerca da gravidade do pecado, porque o processo de santificação no crente somente tem impulso verdadeiramente vigoroso quando entendemos de forma mais profunda a gravidade do pecado.
É comum ouvirmos dizer que pecado é
qualquer ato contra a vontade de Deus, mas essa é uma definição bastante
incompleta. É incompleta porque não consegue representar sequer a consumação do
pecado em si e, além disso, deixa de lado a questão da natureza pecadora que
todos os homens têm. Quando tentamos estabelecer uma compreensão acerca do
pecado, temos de nos importar tanto com a definição que representa o pecado
pessoal de cada um – a prática do pecado pelo homem individualmente considerado
– quanto com a questão relativa à natureza pecadora que todos os homens têm.
Somente podemos entender o que é o
pecado, se entendermos a santidade de Deus. Certamente você já ouviu falar que
Deus é santo e, provavelmente, você já até cantou alguma música que diz que
Deus é santo. Mas você sabe mesmo o que significa dizer que Deus é santo?
O padrão moral de todo homem é
evidentemente imperfeito. Além disso, todo homem viola seu próprio padrão
moral. Todos nós já fizemos coisas que nós mesmos sabemos que são incorretas.
Se sabemos que são incorretas, temos um padrão moral. Se as fazemos, violamos
nosso próprio padrão moral. Mas Deus tem um padrão moral perfeito e que Ele
jamais viola. Deus é completamente separado do mal e de tudo que corrompe. Isso
significa que Deus é santo.
“Tu és tão puro de olhos, que não podes ver o mal, e a
opressão não podes contemplar...” (Habacuque
1:13)
“Portanto
vós, homens de entendimento, escutai-me: Longe de Deus esteja o praticar a
maldade e do Todo-Poderoso o cometer a perversidade!
...
Também, na
verdade, Deus não procede impiamente; nem o Todo-Poderoso perverte o juízo.” (Jó 34: 10 e 12)
“E esta é a
mensagem que dele ouvimos, e vos anunciamos: que Deus é luz, e não há nele
trevas nenhumas.” (1 João 1: 5)
O pecado pode ser entendido como toda ação (inclusive
pensamento voluntário) ou omissão humana que representa afronta ao perfeito
padrão moral de Deus. Pecado não é o que se encontra em uma lista feita por uma
instituição religiosa, mas sim tudo aquilo que vai contra o perfeito padrão
moral de Deus. Mas o problema do pecado vai muito mais longe.
O homem tem uma propensão natural a violar esse perfeito padrão
moral de Deus. Em verdade, todos os pecados (no plural) que cometemos têm
origem no pecado (no singular), que é a nossa natureza depravada e que nos
conduz a violar o perfeito padrão moral de Deus. Quer dizer que eu tenho
natureza pecadora? Sim, eu, você e todos os homens.
Deus criou o homem sem pecado. Contudo, pela desobediência
de Adão, o pecado entrou no mundo e todos os descendentes de Adão (eu e você
incluídos) passaram a ter o pecado original. Chamamos de pecado original,
porque é derivado do pecado de Adão, porque está presente em todos os homens e
porque é a origem de todos os pecados que praticamos. Goste você ou não dessa
doutrina, ela é expressamente ensinada na Bíblia:
“Portanto,
como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também
a morte passou a todos os homens por isso que todos pecaram.
Porque até
à lei estava o pecado no mundo, mas o pecado não é imputado, não havendo lei.
No entanto, a morte reinou desde Adão até Moisés, até sobre
aqueles que não tinham pecado à semelhança da transgressão de Adão, o qual é a
figura daquele que havia de vir.
Mas não é
assim o dom gratuito como a ofensa. Porque, se pela ofensa de um morreram
muitos, muito mais a graça de Deus, e o dom pela graça, que é de um só homem, Jesus
Cristo, abundou sobre muitos.
E não foi
assim o dom como a ofensa, por um só que pecou. Porque o juízo veio de uma só
ofensa, na verdade, para condenação, mas o dom gratuito veio de muitas ofensas
para justificação.
Porque, se
pela ofensa de um só, a morte reinou por esse, muito mais os que recebem a
abundância da graça, e do dom da justiça, reinarão em vida por um só, Jesus
Cristo.
Pois assim
como por uma só ofensa veio o juízo sobre todos os homens para condenação,
assim também por um só ato de justiça veio a graça sobre todos os homens para
justificação de vida.
Porque,
como pela desobediência de um só homem, muitos foram feitos pecadores, assim
pela obediência de um muitos serão feitos justos.” (Romanos 5: 12-19)
“Porque,
assim como todos morrem em Adão, assim também todos serão vivificados em
Cristo.” (1
Coríntios 15: 22)
A conseqüência do pecado original foi
trazer a todos os homens uma natureza pecadora. Essa natureza pecadora nos
torna totalmente depravados, nos torna inimigos de Deus e nos torna propensos a
cometer pecados.
“Porque eu
sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem algum; e com efeito o
querer está em mim, mas não consigo realizar o bem.
Porque não
faço o bem que quero, mas o mal que não quero esse faço.
Ora, se eu
faço o que não quero, já o não faço eu, mas o pecado que habita em mim.
Acho então
esta lei em mim, que, quando quero fazer o bem, o mal está comigo.
Porque,
segundo o homem interior, tenho prazer na lei de Deus;
Mas vejo
nos meus membros outra lei, que batalha contra a lei do meu entendimento, e me
prende debaixo da lei do pecado que está nos meus membros.” (Romanos 7: 18-23)
“Porquanto
a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de
Deus, nem, em verdade, o pode ser.” (Romanos 8: 7)
“Todas as
coisas são puras para os puros, mas nada é puro para os contaminados e infiéis;
antes o seu entendimento e consciência estão contaminados.” (Tito 1: 15)
Amado leitor, concentre seus esforços
para entender e peça ao Senhor que te leve a compreender. O problema do pecado
vai muito além de uma transgressão ou outra que o homem pratique. Há em todos
nós (sem nenhuma exceção, mesmo entre os crentes) uma poderosíssima força que
tende a nos levar a violar o perfeito padrão moral de Deus. Essa força é a
nossa natureza pecadora. O problema do pecado é tão grave que, mesmo se algum
momento o indivíduo não está praticando nenhum pecado propriamente dito,
permanece nele sua natureza pecadora. É por isso que Paulo, o maior exemplo de
cristão da história (diga-se de passagem para honra e glória do Senhor, e não
de nosso amado irmão Paulo), escreveu o que está em Romanos 7: 18-23.
Para que o processo de
santificação seja impulsionado no crente, é necessário que ele entenda que o
problema do pecado não está restrito a possíveis atos praticados. É necessário
que ele entenda que ele tem o pecado original, uma natureza pecadora que busca
fortemente colocá-lo contra o perfeito padrão moral de Deus.
O pecado é algo dotado de
uma malignidade tão grande que nos atinge visceralmente. Não é algo que se
possa relativizar. Não é algo banal. É algo que alcança todo o nosso ser e que
está completamente enraizado no homem, dominando sua própria vontade. Nossa
natureza pecadora é algo que nos impele a fazer justamente o oposto do padrão
moral de Deus. Ele é santo; nós somos pecadores. A Bíblia é clara ao nos
ensinar que não há comunhão entre as trevas e a luz. É por isso que todo homem,
enquanto não resolvido o problema do pecado, segue como inimigo de Deus e merecedor
da mais justa condenação. Não nos enganemos. Deus é santo e justo e Ele não tem
o culpado por inocente (Naum 1: 3). Todos pecaram e, se não forem reconciliados
com Deus em Cristo em Jesus, permanecerão separados de Deus e serão condenados.
“Porque
todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus;” (Romanos 3: 23)
“E aquele
que não foi achado escrito no livro da vida foi lançado no lago de fogo.” (Apocalipse 20: 15)
“Porque o
salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por
Cristo Jesus nosso Senhor.” (Romanos 6: 23)
Como poderia ser resolvido o
problema do pecado? Por iniciativa do homem? É claro que não. Ninguém deixará
de ser um inimigo de Deus por vontade própria. O homem está dominado por sua
natureza pecadora, que o impede de voluntariamente vir a Deus. O homem está
espiritualmente morto em seu pecado, e um morto não tem condições de reagir.
É justamente aí que vamos
ter a prova cabal da gravidade do pecado. Até aqui, talvez ainda tenha algum
espaço para que você não compreenda bem a brutal gravidade do pecado. Mas vamos
procurar comprovar de forma definitiva a imensa gravidade do pecado.
Nós já vimos que o homem não
pode, por si só, resolver a questão do pecado. Você não pode pagar seu pecado
por você mesmo e você não tem como controlar tua natureza pecadora a partir da
tua força de vontade. Não é isso que paga e vence o pecado. Somente o próprio
Deus poderia solucionar a questão do pecado. O que ele fez para isso? Parece
simples. Provavelmente, você dirá que Jesus morreu na cruz para pagar nossos
pecados. Essa afirmação é correta, mas há muito mais por trás dela. Há muito
mais a entender.
Nós somente conseguiremos
entender a gravidade do pecado quando entendermos de forma mais profunda o
significado da morte de Jesus Cristo na cruz.
Para entender isso, o
primeiro ponto é deixar de lado a falsa concepção de que Jesus morreu na cruz
pela maldade dos judeus e dos romanos que o crucificaram. Não há nenhuma dúvida
de que essa maldade foi usada por Deus para matar Jesus na cruz, mas é evidente
que nenhum homem teria poder para matar o Filho de Deus se esse poder não lhe
fosse dado. Observemos parte do diálogo entre Jesus e Pilatos:
“Disse-lhe,
pois, Pilatos: Não me falas a mim? Não sabes tu que tenho poder para te
crucificar e tenho poder para te soltar?
Respondeu
Jesus: Nenhum poder terias contra mim, se de cima não te fosse dado; mas aquele
que me entregou a ti maior pecado tem.” (João 19: 10-11)
Quem matou Jesus Cristo na
cruz foi o próprio Deus. A verdade é que Jesus Cristo foi morto na cruz por
decisão de Deus. Quem mais além do Senhor, do Deus altíssimo, teria poder para
matar Jesus Cristo na cruz? Vejamos o texto de Isaías, comprovadamente escrito
séculos antes da morte de Jesus na cruz:
“Era
desprezado, e o mais rejeitado entre os homens, homem de dores, e experimentado
nos trabalhos; e, como um de quem os homens escondiam o rosto, era desprezado,
e não fizemos dele caso algum.
Verdadeiramente
ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e as nossas dores levou sobre si; e
nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus, e oprimido.
Mas ele foi
ferido por causa das nossas transgressões, e moído por causa das nossas
iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas
pisaduras fomos sarados.
Todos nós
andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo seu caminho; mas o
Senhor fez cair sobre ele a iniqüidade de nós todos.
Ele foi
oprimido e afligido, mas não abriu a sua boca; como um cordeiro foi levado ao
matadouro, e como a ovelha muda perante os seus tosquiadores, assim ele não
abriu a sua boca.
Da opressão
e do juízo foi tirado; e quem contará o tempo da sua vida? Porquanto foi
cortado da terra dos viventes; pela transgressão do meu povo ele foi atingido.
E puseram a
sua sepultura com os ímpios, e com o rico na sua morte; ainda que nunca cometeu
injustiça, nem houve engano na sua boca.
Todavia, ao
Senhor agradou moê-lo, fazendo-o enfermar; quando a sua alma se puser
por expiação do pecado, verá a sua posteridade, prolongará os seus dias; e o
bom prazer do Senhor prosperará na sua mão.” (Isaías 53: 3-10)
O texto é claríssimo. Nos
diz que “ao Senhor agradou moê-lo”. É isso mesmo, sem rodeios. Deus se
agradou em moer Jesus Cristo na cruz. Não se deixe enganar pelas heresias que
são divulgadas por aí. Jesus Cristo não morreu por vontade dos judeus e dos
romanos. Jesus Cristo não morreu porque havia uma espécie de acordo entre Deus
e o diabo, que dava ao diabo algum direito sobre os homens que pecassem (essa
heresia está sutilmente apresentada em filmes como as Crônicas de Nárnia – não
é objeto deste estudo, mas fique atento: esse filme é repleto de heresias. Você
acha mesmo que uma empresa do mundo, como a Disney, faria um filme que
representasse corretamente o evangelho? Ainda há tempo de voltar a aprender com
a Bíblia e somente com a Bíblia). Voltando ao tema deste estudo, Jesus Cristo
morreu na cruz porque Deus se agradou em moê-lo. Mas por que Deus fez isso?
Deus decidiu matar Jesus
Cristo na cruz como forma de pagamento pelos nossos pecados. A verdade é que
Jesus morreu na cruz em nosso lugar. A morte de Jesus Cristo ocorreu de forma
substitutiva a nós. Nós merecemos a punição, mas Deus imputou a Jesus Cristo a
nossa pena. Deus matou Jesus, fazendo-o pecado, para que nos fôssemos feitos
justiça em Cristo. Em palavras mais claras, Deus lançou sobre Jesus todos os
pecados dos homens, para que os homens que crêem em Jesus Cristo e que se
arrependeram sejam dados por justificados e perdoados por Deus.
“Mas ele
foi ferido por causa das nossas transgressões, e moído por causa das nossas
iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas
pisaduras fomos sarados.” (Isaías 53: 5)
“Àquele
que não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para que nele fôssemos feitos
justiça de Deus.” (2 Coríntios 5: 21)
“O
qual por nossos pecados foi entregue, e ressuscitou para nossa justificação.” (Romanos 4: 25)
Em nenhuma passagem bíblica e em
nenhum outro momento da história, o ódio de Deus pelo pecado e a gravidade do
pecado restam tão bem demonstrados quanto na crucificação do Senhor Jesus
Cristo. Pense bem. Deus não mataria Jesus na cruz, Deus não se agradaria em
moer Jesus na cruz se houvesse alguma outra forma de resolver o problema do
pecado. Jesus é o próprio Deus em carne. Jesus é o que Pai tem de mais
precioso. Nada vale mais do que o sangue de Jesus. E Deus é justo.
Você lembra o que Deus disse a Adão quando o
advertiu?
“E ordenou
o Senhor Deus ao homem, dizendo: De toda a árvore do jardim comerás livremente,
Mas da
árvore do conhecimento do bem e do mal, dela não comerás; porque no dia em que
dela comeres, certamente morrerás.” (Gênesis 2: 16-17)
Qual é a promessa de Deus
para o pecado?
“Porque o
salário do pecado é a morte...” (Romanos 6: 23)
O resultado do pecado não
poderia ser outro. Deus exigiu morte para que fôssemos justificados e para que
houvesse remissão dos nossos pecados. A Bíblia nos diz que sem derramamento de
sangue não há remissão de pecados (Hebreus 9: 22).
Deus poderia simplesmente aplicar
a nós o que merecemos: a morte espiritual e a eterna condenação ao lago de
fogo. Mas Ele nós amou e resolveu aplicar sobre Jesus Cristo a nossa pena. Deus
não tem ao culpado por inocente e, sem que Jesus tivesse morrido na cruz, nós
seríamos condenados.
O pecado é muito grave e foi
isso que levou Deus a matar Jesus Cristo na cruz. Pense nisso: Jesus morreu na
cruz por causa dos teus (dos meus também) pecados e por causa da tua (da minha
também) natureza pecadora. Cada vez que você (eu também) peca, você (eu também)
ofende a Deus.
Procure entender. O nosso
pecado levou Deus a matar Jesus na cruz. O nosso pecado levou Deus a moer na
cruz o que Ele tem de mais precioso. O nosso pecado levou o único
verdadeiramente justo a sofrer muito e muito. Você lembra que Jesus, às
vésperas da crucificação, se angustiou a ponto de suar gotas de sangue? Você já
parou para pensar em que consistia uma crucificação romana? Ela era destinada
somente à escória das pessoas. Aos piores bandidos. A finalidade não era apenas
matar, mas humilhar profundamente. O crucificado ficava lá sofrendo deboches
até morrer (leia nos evangelhos como Jesus sofreu esse tipo de coisa). Muitos
ficavam depois de mortos no local para serem comidos por aves e/ou animais
carnívoros. Não estamos escrevendo isso para que você sinta pena de Jesus. Se
você tem pena de Jesus, você não está entendendo o evangelho. Estamos
escrevendo isso para que você entenda as terríveis conseqüências do pecado,
para que você entenda o quanto nós merecemos condenação, para que você entenda
o quanto Deus odeia o pecado, para que você entenda o porquê de Jesus ser o
Senhor, para que você entenda que somente Jesus é digno de ser o nosso Senhor.
Enfim, para que você passe a ler com outros olhos o texto de Filipenses 2: 5-11:
“De sorte
que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus,
Que, sendo
em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus,
Mas
esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos
homens;
E, achado
na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte
de cruz.
Por isso,
também Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu um nome que é sobre todo o nome;
Para que ao
nome de Jesus se dobre todo o joelho dos que estão nos céus, e na terra, e
debaixo da terra,
E toda a
língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai.” (Filipenses 2: 5-11)
A violência que foi
praticada por Deus contra Jesus na cruz, como exigência de pagamento de todo o
nosso pecado, mostra o quanto Deus odeia o pecado e mostra que o pecado não é
uma banalidade, não é algo pequeno, mas sim realmente grave.
Nosso amado leitor, se você
é crente em Jesus Cristo e tem flertado com o pecado, se você tem subestimado a
malignidade do pecado, se você não tem procurado entender o quanto Deus odeia o
pecado, arrependa-se.
Peçamos ao Senhor que Ele, a
cada dia, nos ensine mais e mais o quanto Ele odeia o pecado e o quanto devemos
odiar o pecado. Quanto mais entendermos a malignidade e a gravidade do pecado,
quanto mais conseguirmos odiar o pecado, mais fácil será o processo de
santificação em nós. Pelo outro lado, sem que entendamos o ódio do Senhor pelo
pecado e a gravidade do pecado, menos propensos estaremos à santificação.
Nós não temos como entender
a gravidade do pecado com a mesma perfeição que Deus entende. É assim
justamente porque somos pecadores e porque Deus é Santo. Todavia, nós os que
cremos em Jesus Cristo, que nos arrependemos do pecado, e que fomos regenerados
temos em nós o Espírito Santo de Deus. Há em nós o próprio Deus, por meio de
seu Santo Espírito, que nos ajuda a entender de forma suficiente, ainda que não
perfeita, o quanto é grave o pecado. Devemos nos esforçar para entender a
gravidade do pecado, mas, por mais que nos esforcemos, jamais conseguiremos
entender plenamente a gravidade do pecado. De forma plena e perfeita, somente
Deus e o nosso justo Senhor Jesus Cristo entendem o quanto o pecado é grave.
Jesus, que sempre entendeu isso por sua natureza divina e perfeita, experimentou
em sua própria carne. Afinal, na cruz, Ele exclamou “...Deus meu, Deus meu,
por que me desamparaste?” (Marcos 15: 34).
Jesus assim exclamou,
porque, naquele momento, Ele pagava nossos pecados e recebia sobre si todo o
ódio que Deus tem pelo pecado. A Bíblia nos ensina que, pelo pecado, o homem
está destituído da glória de Deus (Romanos 3: 23), está separado de Deus.
Aquele que pagava os nossos pecados na cruz estava, naquele momento, justamente
como nós merecemos estar, destituídos da glória de Deus, separados de Deus,
desamparados por Deus. É por isso que Deus desamparou Jesus enquanto Ele pagava
nossos pecados.
Olhemos para o nosso Senhor.
Vejamos o que foi a Ele imputado. Entendamos que isso é conseqüência da
gravidade do pecado. Entendamos o ódio de Deus pelo pecado. Odiemos o pecado e
dele nos separemos. Andemos na luz e não nas trevas.
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